Contos, prosas, poesias e outras palavras.
segunda-feira, 30 de janeiro de 2017
Reverência às guardiãs
Salve, salve nossa ancestralidade!
Sagrado segredo
No feminino guardado e resguardado
Pelas sábias guardiãs que tecem os fios do tempo
Para no tempo certo florescer
E assim vem florescendo
Novos rezos,benzimentos e encatamentos
Curar a mãe, curar a vó, curar a filha
Curar o mundo
Nesse útero maternal
Que a mãe terra a todos gerou
E nesse tempo de cura, tempo de agora
Vamos reverenciar a Pachamama
E a Deusa mãe, negada, escondida, mas não esquecida
Para que todos nós nos encontremos
Nessa jornada sagrada
Vamos curar o nascimento
Esse bendito ritual de iniciação nesse mundo
Para que todos os seres humanos
Nasçam com amor
Que as mulheres possam pari com amor
E que o sangue sagrado da menstruação
Seja o único derramado sobre a Terra.
Vamos reverenciar a força da lua
A força das águas, princípio da vida
E vamos reverenciar a vida
E a centelha divina que habita em nós
Sopro de Deus nessa matéria que perece
Mas o espírito permanece
Viajando pelo tempo
Até completar o ciclo de sua missão.
Rosangela Nascimento
sexta-feira, 27 de janeiro de 2017
quinta-feira, 26 de janeiro de 2017
Histórias de viagens
Quando eu era criança pequena lá
em Gurupá-mirim ficava sonhando para chegar às férias para vir a Eunápolis,
para casa de tia Idália, brincar com
meus primos Eliúde, Zane, Dei, Núbia e como meu tio Lilio, na verdade, ele é
meu tio avô (ele é tio de minha mãe) ele
gostava de brincar de peteca com a gente, mesmo depois de chegar cansado do
trabalho e o trabalho dele era bastante cansativo, ele trabalhava na SUCAM, lembram,
é tirava sangue do dedo do povo para fazer o teste e saber se a pessoa havia
contraído doenças de chagas (transmitida pelo barbeiro), mas sim, voltando ao
que importa, adorava passar férias na casa deles, meu pai trazia baldes de
coalhada pra gente comer com farinha claro, tudo, ah sim detalhe sobre a
brincadeira da peteca, a gente brincava dentro de casa e sempre quebrávamos
alguma louça de tia Idália, nossa! E meu tio parecia mais criança que todos
nós. A gente brincava dentro de casa porque à noite era perigoso ficar na rua
sabe, essa fama de Eunápolis de ser violenta, não é de hoje! Na época tinha a
história de Prego, um bandido famoso na cidade, diziam que ele tinha o corpo
fechado, quando a polícia o prendia ele fugia do camburão (carro da polícia),
mas depois Prego teve uma morte trágica, mas enfim, era muito bom passar férias
aqui, e depois para voltar para casa era outra aventura, quase uma Odisseia,
pois naquele tempo a estrada de Gurupá era barro vermelho puro e quando chovia,
nem sapo acorrentado passava naquela estrada, só meu pai que era o único maluco a se aventurar.
Numas dessa idas e vindas,
estávamos voltando e já era noite, quando chegamos na Córeia (cidadezinha antes
de Gurupá) paramos tomamos um café num venda de beira de estrada e seguimos
viagem, pois já estava bem perto, mas quando chegamos num lugar chamado toca da
Onça, advinha por quê? O carro quebrou (uma picape velha que meu pai tinha) e
agora o carro cheio de menino e ainda mais duas pessoas que meu pai estava
levando, e o carro quebra justamente na toca da onça? E meu pai começou a me
aterrorizar que onça ia chegar com fome, e ele ia me servir de comida para
onça, pois eu era a criança mais velha, nossa! Comecei a ficar apavorada e eu
perguntei a ele: “E por que o senhor não se oferece para onça comer?”
E ele respondeu: “E quem vai
dirigir o carro?
E eu fiquei com tanto medo, mas
dai minha mãe disse que era só brincadeira forrou um lençol na carroceria do
carro cobriu a gente com uma lona e eu e meus irmãos dormimos lá, eu rezando
para a tal onça não aparecer, até que de manhã passou alguém para nos dar um
socorro, meu pai consertou o carro e fomos para casa, ufa!! Enfim, cheguei viva
e com uma história para contar. Sobrevivi a onça, e depois a muitas outras
“onças” que apareceram em minha vida, e as aventuras que vivi em minha infância
andando de carro velho com meu pai, minha mãe e meus irmãos, me fortaleceram
para enfrentar as dificuldades da vida e desde cedo aprendi uma lição com meu
pai: “Não importa o problema, sempre enfrente com bom humor”.
Então fica a dica e agora em tempos de crise,
esses tempos sempre existiram desde que o mundo é mundo, vamos enfrentar com coragem, na época que eu era criança, década de 70,
vivíamos ainda na ditadura, coisa que a gente do interior, mal sabia o que era,
mas todo mundo enfrentava trabalhando e sorrindo, com bom humor, porque a crise
passa, sempre passa e ficam as histórias para contar. E para isso estamos aqui, ver, aprender e uma
dia voltar para casa, então vamos aproveitar mais as coisas boas e simples,
para amenizar os problemas e ri ainda que seja comendo poca zoi ou café com farinha,
já comi tanto. (rrrrsss)
Rosângela Nascimento
RÓTULOS
Nunca gostei de rótulos,
Eles só servem para remédios e produtos, não pra gente
Rótulos nem sempre são verdadeiros, nem o dos produtos
Eles sempre vão dizer que fazem bem a saúde, a casa, o
cachorro
Às vezes, eles estão mentindo
Os transgênicos, nunca dirão a verdade sobre eles
Assim são com as pessoas,
Às vezes elas recebem rótulos mentirosos
Só que com gente muitas vezes os rótulos são negativos
Depende do endereço de onde ela mora, da cor da sua pele e
de quanto ela tem em sua conta bancária,
Uma pessoa, nunca é uma coisa só, para caber num rótulo
Tem gente que ao invés de rótulo, teria que ter uma bíblia
para falar sobre ela.
Assim também são os rótulos para os hipócritas, mentirosos
que pousam de bom moço, bom rapaz, bom marido, um bom democrata e um bom
cristão,
Mas no rótulo não cabe que ele bate na mulher, chuta o
cachorro e trata mal o garçom e de
democracia? Pouco ele sabe, pensa que ela rima com burocracia, burguesia, aristocracia...
E então vamos rotular?
Eu rótulo
Tú rotulas
Eles rotulam...
“E assim caminha a humanidade”.
Rosângela Nascimento
OS POETAS
O que seria dos poetas sem as madrugadas e suas noites
enluaradas?
O que seria dos poetas sem o pôr do sol o arrebol
E os amores que os deixaram só?
E o que seria do mundo sem o olhar do poeta?
Esse que arranca versos da concretude das faces e
arranha-céus
Da frieza do mármore que reflete o céu?
O que seria do mundo sem os poetas e suas utopias?
Que até na tristeza vê alegria?
Os poetas, eles que não se deixam endurecer pelo concreto
Até nos fetos
Que não esmorecem nem com o calor do cobalto
Pois, como diria Drumond:
“Uma flor brotou no asfalto”
E, enquanto tiver um poeta e uma flor
Enfrentando o sistema,
A vida valerá a pena!
Rosangela Nascimento
segunda-feira, 23 de janeiro de 2017
A CURA DA DENGUE, DA CHICUNGUNHA E DO ZIKA
https://www.youtube.com/watch?v=Cth4TJQs5qU&feature=youtu.be
Grão de areia
Eu, pequeno grão de areia, na imensidão desse deserto, muitas vezes sozinha na multidão
Poeira cósmica
Buscando sempre entender o verdadeiro sentido dessa odisseia
Chamada vida!
Sempre aprendiz, passageira do tempo
Buscando compreender que, em tudo devo aprender uma lição
Pois isso é o que levarei dessa hospedagem chamada Terra,
Mas no tempo que estiver aqui, devo cuidar e honrar, pois agora essa é a minha casa
E dela é feita a matéria que conduz o meu espírito nesse mundo palpável, mas esse mundo "palpável é tão ínfimo diante dos tantos universos aos quais faço e já fiz parte,
Mas então sigo caminhando, aprendendo, buscando estar presente no presente tempo e na presente vida que é um presente, estar aqui é um presente ao qual devemos agradecer a oportunidade, pois esse tempo de agora é um tempo de grande importância para essa 'HUMANIDADE", e para mim, então é isso: aprender, crescer e um dia voltar para minha casa, até lá vou aproveitando a paisagem, as amizades, aos amores que essa vida me deu e esses amores que me fazem compreender o verdadeiro sentido de estar aqui, pois eles levarei para sempre em meu coração a minha família linda que tive o merecimento de construir (meus filhos, meu marido e toda a minha família) e sou feliz por fazer parte dela, e os amigos que amo. "O amor torna tudo novo de novo". Esse é o sentido da vida, o AMOR e é esse amor que me faz ter convicção na existência divina, pois sinto essa centelha brilhar dentro de mim quando amo, quando busco ser um ser melhor, por amor ao Poder Superior que me criou, por mim e pelos que amo.
Rosângela Nascimento
Poeira cósmica
Buscando sempre entender o verdadeiro sentido dessa odisseia
Chamada vida!
Sempre aprendiz, passageira do tempo
Buscando compreender que, em tudo devo aprender uma lição
Pois isso é o que levarei dessa hospedagem chamada Terra,
Mas no tempo que estiver aqui, devo cuidar e honrar, pois agora essa é a minha casa
E dela é feita a matéria que conduz o meu espírito nesse mundo palpável, mas esse mundo "palpável é tão ínfimo diante dos tantos universos aos quais faço e já fiz parte,
Mas então sigo caminhando, aprendendo, buscando estar presente no presente tempo e na presente vida que é um presente, estar aqui é um presente ao qual devemos agradecer a oportunidade, pois esse tempo de agora é um tempo de grande importância para essa 'HUMANIDADE", e para mim, então é isso: aprender, crescer e um dia voltar para minha casa, até lá vou aproveitando a paisagem, as amizades, aos amores que essa vida me deu e esses amores que me fazem compreender o verdadeiro sentido de estar aqui, pois eles levarei para sempre em meu coração a minha família linda que tive o merecimento de construir (meus filhos, meu marido e toda a minha família) e sou feliz por fazer parte dela, e os amigos que amo. "O amor torna tudo novo de novo". Esse é o sentido da vida, o AMOR e é esse amor que me faz ter convicção na existência divina, pois sinto essa centelha brilhar dentro de mim quando amo, quando busco ser um ser melhor, por amor ao Poder Superior que me criou, por mim e pelos que amo.
Rosângela Nascimento
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